Após queda ocasionada pela greve dos caminhoneiros, a produtividade do trabalho na indústria de transformação voltou a crescer. No estudo Produtividade na Indústria, publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice registrou alta de 4,2% no terceiro trimestre de 2018 comparado com o trimestre anterior. Dessa maneira, o setor compensa as perdas por conta da greve e volta ao patamar do final de 2017. Apesar disso, os economistas da CNI acreditam que o índice será menor do que o do ano anterior e que novos recordes de produtividade dependem de investimentos expressivos em maquinários, equipamentos e inovações.
Um fator importante, de acordo com o comunicado, é que esses aportes dependem diretamente da recuperação da confiança do empresariado – este, por sinal, bateu recorde histórico. Divulgado no dia 22 de novembro de 2018, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 63,2 pontos (com indicadores que variam de 0 a 100). Além do recorde, essa é a primeira vez, desde 2011, que o índice atinge mais de 60 pontos. Segundo a CNI, quanto mais acima dos 50, maior é a confiança do empresariado. A título de comparação, após a greve dos caminhoneiros, a pesquisa atingiu 49,6 pontos.
A indústria de extração é a mais otimista, atingindo 65,7 pontos. Os transformadores estão logo atrás, com 63,8; já o setor de construção marcou 60,7. Os empresários mais confiantes estão nas regiões Sul (65,5) e Cento-Oeste (63,7), mas todas as regiões ficaram acima dos 60 pontos. A CNI acredita que a alta foi impulsionada, entre outros fatores, pela resolução das eleições e a expectativa para futuras reformas que possam impulsionar o crescimento econômico.
Fonte: Revista Contramarco