O SindusCon-SP e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) irão retomar o trabalho conjunto iniciado em 2017 para o incremento da produtividade na cadeia do setor, com foco em três temas: BIM (Modelagem da Informação da Construção), logística e construção industrializada.
Isto é o que ficou definido na visita feita ao sindicato pelo novo presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, acompanhado da diretora técnica, Laura Marcellini. Foram recebidos pelos vice-presidentes Eduardo Zaidan (Economia) e Jorge Batlouni (Tecnologia e Qualidade), e pelo coordenador do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade), Renato Genioli.
Batlouni manifestou a expectativa de que o trabalho conjunto traga resultados práticos de incremento da produtividade, tanto para as construtoras como para os fabricantes de materiais, e não somente diagnósticos sobre o que poderia ser melhorado. Exemplificando o que poderia ser melhorado, citou uma encomenda de 500 torneiras para um empreendimento, que chegaram ao canteiro de obras em embalagens individuais e acompanhadas de 500 manuais, numa logística nada produtiva e resultando em elevado volume de resíduos.
Zaidan enfatizou a importância da adoção de projetos de logística na entrega dos insumos no canteiro, numa cidade como São Paulo, com restrições à circulação e ao estacionamento de caminhões diante das obras. Genioli destacou a importância estratégica de a indústria de materiais conhecer as necessidades das construtoras.
O presidente da Abramat manifestou a intenção de realizar projetos-piloto nessa direção e ter pelo menos um resultado concreto até o final deste ano. Ele relatou que a nova gestão da entidade decidiu trabalhar sobre três pilares: conformidade técnica e conformidade tributária para combater a concorrência desleal, e capacitação. Em outra frente, propôs que o governo inclua a construção civil nos financiamentos à inovação industrial, em temas como desenvolvimento de bibliotecas BIM e construção industrializada.
No tocante ao BIM, a proposta da entidade junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é a de que somente entrem na Biblioteca Nacional do BIM produtos conformes. Em relação à construção industrializada, a Abramat montou um grupo de trabalho para equacionar problemas ao seu desenvolvimento e encontrar soluções.
Laura Marcellini comentou que a indústria de materiais ainda necessita de um seminário com orientações sobre como produzir bibliotecas BIM, e que o Senai-SP deverá colaborar para capacitação de pessoal nessa área. Atualmente, a Abramat conta com 44 associadas que têm cerca de 300 fábricas distribuídas pelo País.
Fonte: Revista Contramarco